Descubra mitos e verdades sobre o amaciamento de motor

Você deve ter discutido — provavelmente com seu pai, avô ou irmão —, ainda jovem ou até mesmo adulto, sobre a necessidade de amaciamento de motor em carros novos, que era algo realmente obrigatório há algumas décadas.

Porém, com o passar dos anos e cada vez mais tecnologia empregada na fabricação de automóveis, é comum ser pego com dúvidas sobre a necessidade do amaciamento de motor nos dias atuais — e até mesmo sobre os procedimentos que devem ser adotados nos primeiros quilômetros com um carro zero.

Este post é de leitura obrigatória se você é um apaixonado por veículos que cresceu ouvindo (e seguindo) as recomendações para amaciar motor em carros novos. Nesse artigo você vai conhecer os mitos e verdades sobre o amaciamento de motor, para saber de uma vez por todas se ainda deve realizar cuidados especiais nos primeiros quilômetros do seu carro. Confira!

O amaciamento de motor

Os motores — e os carros como um todo — possuem diversos componentes que entram em atrito constantemente durante o seu funcionamento e, por isso, antigamente as montadoras orientavam os novos proprietários a tomar uma série de cuidados para os componentes se adaptarem uns aos outros durante o funcionamento.

Passadas de geração em geração, essas recomendações para amaciamento do motor têm uma série de tabus em torno delas, seja sobre o período ou sobre os cuidados que devem ser tomados em veículos com motores novos.

A verdade é que — mesmo com a evolução tecnológica empregada na fabricação de automóveis — ainda há cuidados que precisam ser tomados durante um período de adaptação de um motor novo. Onde, entre mitos e verdades (e consequentemente as dúvidas), estão:

A velocidade máxima

Uma das principais dúvidas que se tem sobre o processo de amaciamento de motor é quanto ao tráfego em velocidades mais elevadas — que no Brasil possui o limite máximo permitido em 120 km/h em algumas rodovias.

Nesse quesito, é importante ressaltar que é onde mais se teve avanço com as tecnologias empregadas no processo de produção de automóveis e, portanto, não tem nenhum tipo de impedimento na velocidade em que se pode trafegar com um motor novo — o que antigamente costumava ter a indicação para não superar os 100 km/h durante os 5000 primeiros quilômetros rodados.

Mas isso não significa que você pode sair por aí “esticando” com o seu carro zero-quilômetro, viu? A leitura do manual do veículo é sempre essencial e poderá trazer indicações adicionais sobre a velocidade que deve ser empregada no veículo.

O tráfego em estradas

Outra dúvida bastante comum entre os motoristas que adquirem um novo carro, é quanto ao tráfego em estradas nos primeiros quilômetros com o veículo prejudicar o amaciamento do motor.

Esse é um fator de bastante controvérsia mas que, normalmente, tem uma atenção especial das montadoras no manual do carro em não recomendar a utilização do veículo — durante os primeiros quilômetros — em velocidades altas e constantes por longos períodos.

Mais uma vez, a boa e velha leitura do manual é obrigatória para verificar a indicação da montadora antes de pegar a estrada com o seu novo carro.

A rotação

Comum quando o veículo está em velocidades mais altas, o número elevado de rotações também ocorre quando o período entre a troca de uma marcha para outra é estendido — situação mais comum para ganho de velocidade e ultrapassagens.

Os manuais e o painel costumam ter a indicação do número de rotações máximas que o veículo pode atingir, porém, também é comum constar no manual um cuidado ainda mais severo para os primeiros quilômetros.

Este cuidado extra tem a ver com o sistema de injeção eletrônica presente nos modelos atuais de carros que, principalmente nos primeiros quilômetros, é responsável por aprender e se adequar com o modo de direção do condutor. A utilização de rotação elevada nesse período pode levar a uma má configuração, o que causa ineficiência energéticaconsumo elevado de combustível e alto índice de emissão de poluentes.

Os motores retificados

Nem só de carros zero vivem os motores novos! Os motores retificados também são campeões de dúvidas quando o assunto é o amaciamento de motor, já que também se caracterizam como um motor novo.

Mas se os motores retificados não são os mesmos que saíram da fábrica, logo, as suas devidas indicações de uso inicial não estão presentes no manual do veículo. Então, o que fazer? Se você possuir um carro com muitos quilômetros rodados e que precise passar pelo processo de retificação, é importante questionar a empresa responsável pela manutenção sobre os materiais utilizados e quais são os cuidados exigidos.

Hoje em dia, a maioria das vezes em que um motor é retificado faz com que o motorista deva ter os mesmos cuidados que envolvem a aquisição de um veículo novo — mas somente o profissional responsável pela manutenção pode indicar os cuidados necessários, ok?

As diferenças entre montadoras

Por último (mas não menos importante), é necessário ressaltar que cada montadora e modelo possuem suas próprias recomendações. Portanto, os cuidados que são solicitados para um carro, nem sempre valem para outro.

Mesmo que o termo amaciamento de motor seja cada vez mais escasso, ainda é bastante presente tanto em veículos novos como em modelos que tiveram o motor retificado.

Antes de adquirir um novo carro, você deve solicitar as indicações iniciais de uso do veículo e verificar se elas se encaixam em sua necessidade — imagine que você realize viagens constantemente e as recomendações impeçam isso por um longo período de tempo?

Ao adquirir um carro novo, é muito importante que você verifique os itens presentes nas recomendações de uso inicial do veículo e as siga, é claro! Pois estas recomendações envolvem não apenas fatores do amaciamento de motor, mas também de todos os principais componentes do veículo.

E então, o que você achou das nossas dicas sobre o amaciamento de motor? Gostou? Então, compartilhe esse artigo nas suas redes sociais e ajude seus amigos a também dominarem o assunto!