Troca de óleo: quando fazer?

Pare e pense nessa cena bem comum relacionada à troca de óleo em um carro: você para em um posto de combustível e pede para o frentista abastecer. Ele, educadamente, pergunta se pode checar a água e o óleo. De duas, uma: ou ele falará que está tudo certo e talvez completar com água, ou ele dirá que o nível de óleo está baixo e que, portanto, precisa ser trocado.

Mas será que é o momento certo de realizar a troca? Para saber com certeza, é necessário ter ciência de algumas informações. 

Primeiramente, para que serve o óleo do motor?

Quando o motor está ligado, os pistões, a biela, o virabrequim e outras peças estão se movimentando continuamente, gerando um grande atrito entre elas. Essa força de atrito gera dois problemas: desgaste e elevação da temperatura.

O óleo, portanto, tem como duas principais funções servir de lubrificante para o motor e manter sua temperatura.

Além disso, o óleo pode atuar como um agente limpante, pois mantém suspensas todas as partículas provenientes da combustão, evitando que elas se juntem e formem uma crosta capaz de entupir as válvulas e prejudicar o bom funcionamento do motor.

E o óleo ainda tem uma outra função de grande importância: vedação. Ele impede que agentes externos entrem no motor e o danifiquem. 

Tipos de óleo

Os óleos para motor são usualmente classificados em três categorias:

1. Mineral

São aqueles obtidos diretamente do petróleo. Sua maior vantagem é o custo, mas é um óleo que pode ser considerado o “mínimo do mínimo”. Pode acabar formando borras no seu motor.

2. Sintético

São obtidos por meio de combinações químicas e são bem mais estáveis que os óleos minerais. Antigamente, os preços dos óleos sintéticos eram bem elevados, mas hoje se encontram no mercado óleos sintéticos custando até R$ 20,00 por litro.

3. Semi-sintético

Como o próprio nome já sugere, ele é basicamente uma mistura do óleo mineral e do sintético. 

O óleo que você deve usar no seu motor deve seguir as especificações API, pois é esse o órgão que define todos os parâmetros de desempenho e durabilidade e detergência. 

Outro parâmetro ao qual se deve estar atento é à viscosidade. É um conceito meio complicado de entender, mas basicamente é a capacidade do óleo de resistir a uma força sem se movimentar (pense na água e no óleo de cozinha: o óleo de cozinha é mais viscoso que a água, entendeu?).

Porém, nem sempre o óleo mais viscoso é o ideal para o seu veículo. O melhor óleo está indicado no Manual do Usuário, feito pelo fabricante, o qual, diferentemente de outros manuais, deve estar sempre com o motorista para evitar quaisquer problemas. 

Como medir o nível de óleo?

Primeiramente, desligue o seu carro por pelo menos 5 minutos. Esse é o tempo mínimo necessário para que ocorra o assentamento do óleo e não aconteçam grandes erros de medição. Se você parar para perceber, os frentistas não costumam esperar esse tempo antes de fazer a checagem, e muitas vezes eles podem “empurrar” uma troca de óleo desnecessária. 

Em seguida, abra o capô do carro e retire, com cuidado, a vareta do motor. Limpe-a com um pano, tomando cuidado para não deixar fiapos, e devolva-a para o carro, retirando-a novamente. 

Observe atentamente: existem dois marcadores na ponta do medidor: um de máximo e um de mínimo. O óleo deve estar entre esses dois para que esteja tudo bem.

Aproveite para observar outros aspectos, como por exemplo a coloração: um óleo bom deve ser mais claro, com uma tonalidade próxima do mel. Se o óleo estiver muito escuro, é sinal de sujeira, e talvez uma troca seja recomendada. A sujeira no óleo pode diminuir a vida útil do motor. 

Outros indicativos de problemas na lubrificação

Graças às maravilhas da tecnologia, os carros mais novos vêm com uma luz de óleo e uma de motor. A luz de óleo acenderá se o nível estiver muito baixo ou se o óleo estiver muito sujo. 

A luz do motor também pode acender se existirem problemas na lubrificação. Se qualquer uma das duas acender, é bom levar seu carro até um mecânico de confiança. 

Chequei e o nível de óleo realmente está baixo. O que devo fazer?

Evite trocar o óleo em postos de gasolina. Se tiver de fazer a troca, prefira um mecânico especializado. 

Isso porque misturar óleos diferentes, o que pode acontecer quando se realiza a troca com um frentista de posto, pode causar problemas seríssimos. 

Verifique também quanto falta para fazer sua próxima troca completa de óleo. Se estiver faltando muito pouco, prefira esperar ou já faça a troca completa imediatamente. E não seja pão-duro na hora de escolher o óleo, pois o barato pode sair caro.

O que acontece se eu não trocar o óleo?

Os problemas podem variar bastante em gravidade, mas todos afetarão o desempenho do motor. Andar com o nível de óleo muito abaixo do mínimo pode acarretar na fusão do motor, e quando isso ocorre não tem mais jeito: o motor precisa ser trocado. Nesse caso, o valor a ser gasto pode ser mais caro do que um carro novo!

Troca do filtro

O filtro é o componente que impede a circulação das impurezas no motor do seu veículo. Ele é geralmente trocado a cada duas trocas do lubrificante. É uma peça relativamente barata e não trocá-la pode causar danos em peças extremamente mais caras.

A verdade é que o tempo de troca de óleo varia muito de carro para carro e de óleo para óleo. Mas, comumente, o tempo entre uma troca e outra é algo em torno de 7,5 a 15 mil quilômetros rodados, ou cerca de um ano. 

Se o seu carro está baixando o nível de óleo muito rápido, consulte um mecânico, pois isso não é normal. Óleo não deve queimar junto com o combustível! 

Gostou das nossas dicas? Com que frequência você checa o seu óleo? Está precisando fazer a troca? Entre em contato com a Honda HPoint e conheça nossos serviços!